quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vida-tempo


Corria como fogo a queimar capim seco, era urgente e preciso.

Deixava marcas pouco precisas, marcas de passagens, talves pequenas ranhuras, nada densas, apenas marcas de passagens!
Tempos de ruídos, formações, opiniões passageiras um medo-coragem para as novas descobertas, encontrava-me senhor dos saberes e quereres, pobre senhor! Nada tinha de certo tão pouco racional, dono de uma verdade languida encontrava-me com a cabeça dos meus poucos anos de vida, porém um certo senhor, o dono do mundo das incertezas e certezas fantasiosas... prazeres doces e solitários. Dono de um mundo habitado por paixões secretas, que de tão frágeis duravam pouco mais de um querer. Sonhos absurdos, voar sem asas, o céu como limite, tão pouco!

Corria como a fome a queimar no estomago, algo de urgencia se fazia, descobrir era preciso, sentir também! Era um tempo que ainda escuto o ecoar do tic-tac daquelas horas...
era meu tempo de fome! Ardia todo o corpo, vibrava os músculos num pulsar de existir. Aos poucos me encontrava com as dores do mundo, tão diferente das asas livres do sonhador!

Corro com a força de quem busca a vida, agora real-precisa-urgente com um medo de não alcançar, e uma saudade dos tic-tac que ainda escuto...

mk


Linda Juventude

Zabelê, zumbi, besouro, vespa fabricando mel
Guardo teu tesouro, jóia marrom, raça como nossa cor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que te quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou

Maravilha, juventude, pobre de mim, pobre de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas pequenas da esquina

Fado, sina, lei, tesouro, canta que te quero bem
Brilha que te quero luz andaluz, massa como o nosso amor
Nossa linda juventude, página de um livro bom
Canta que quero cais e calor, claro como o sol raiou
Claro como o sol raiou.

Maravilha, juventude, tudo de mim, tudo de nós
Via Láctea, brilha por nós, vidas bonitas da esquina.
Flávio Venturine

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